PROMESSAS
- Roni Carlos Costa Dalpiaz
- 22 de out. de 2020
- 3 min de leitura
Estamos próximos de mais uma eleição para Prefeitos e Vereadores. Você já pensou sobre isso ou você pertence aquela turma que não gosta de política? Saiba que mesmo não gostando ela existe e influencia a sua vida.
Porém, se você não gosta mesmo de política, pode continuar a leitura porque o assunto aqui é Promessa!
Pois é, quem nunca fez uma promessa? E depois de alcançado o pedido cumpriu o prometido!

Bem, a promessa não é algo tão complexo. Você promete fazer alguma coisa em função de alcançar outra coisa. Entendeu? Vou facilitar. A promessa funciona com alguns elementos, tendo seu início, meio e fim. O primeiro elemento é o sujeito que promete; o segundo, é aquele “à quem” se promete; o terceiro, é “o quê” se promete; e o último, é o que se quer obter com a promessa.
O sujeito que promete é o que inicia o ciclo: promessa feita. Quando se promete alguma coisa, essa promessa é solicitada à alguém, que pode ser o mesmo a quem se “paga” o prometido. Normalmente somos nós mesmos que prometemos alguma coisa à alguém (ou até nós mesmos), que pode ser de carne e osso ou divino. Mas há também um terceiro sujeito que promete em nome de alguém e, claro, esse alguém é que terá que “pagar” a promessa.
As tais “coisas” ambicionadas, vão desde iniciar uma dieta até outras mais complexas como arrumar uma mulher (ou marido), um emprego, uma bolsa de estudos, ganhar alguma loteria até a cura de uma terrível doença ou coisas do gênero. Os compromissos também variam de acordo com a complexidade do pedido, quanto mais difícil ou complicado o pedido, mais trabalhoso será o cumprimento do dever.
Uma vez feito, o pedido, iniciam-se as tratativas sobre o quê, quando e onde cumprir a promessa se esta for alcançada. Esta é a fase do meio.
A fase final é quando se cumpre o dever, ou seja, se “paga” a alguém a promessa feita, completando assim o ciclo.
Uma vez conhecido o ciclo, vamos à diante!
Pelo que vi, aqui em Torres, os candidatos a prefeito já estão todos escolhidos. Então, é chegada a hora de escutá-los, e nessa fase é que entram as promessas. Essas são aquelas feitas pelo próprio beneficiado, no caso os candidatos a prefeito.
As promessas feitas por um candidato não diferem em nada das promessas feitas por nós. Assim como disse, há o sujeito, que é o candidato, há o objeto (ou a coisa) o cargo de prefeito e há o compromisso ou dever, tudo dentro do ciclo.
Vamos nos concentrar no compromisso, que no caso de uma eleição é o foco das atenções. Um candidato fictício promete ao eleitor, também fictício, que se eleito construirá duas novas escolas. (Sim, é um exemplo fraquíssimo, mas é só para ter os elementos).
O eleitor, então vai até seu local de votação, aperta os botões da urna eletrônica e efetiva seu voto. Sua esperança é que o candidato, cumpra a sua parte “no acordo”: Meu voto, suas promessas. Uma vez eleito, o agora prefeito, cumpre, dentro dos quatro anos de seu mandato, a promessa da construção de duas escolas. O ciclo fechou!
Não é maravilhoso assim?
É.
Só que na vida real é um pouquinho diferente, e a partir do, digamos, não fechamento do ciclo, é que as pessoas se decepcionam e dizem não gostar da política.
Viu, cumpri minha Promessa, não falei de política. Ou não??
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