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  • Foto do escritorRoni Carlos Costa Dalpiaz

COLUNAS ANTIGAS - ARTE EM TORRES

Atualizado: 16 de mai. de 2020

Coluna originalmente publicada no jornal A Folha no ano de 2012.


A arte tomou conta das ruas, praças e auditórios. Artistas plásticos da cidade de Torres se reuniram e junto com a comunidade criaram a Arte em Torres. Liderados pela artista plástica Maria Helena Gonçalves, os artistas invadiram vitrinas, praças e ateliês. Mas não foi apenas isso, escritores, poetas e artistas dividiram o espaço para a cidade viver uma semana de cultura para todos.

“Tinha de acontecer. Mais cedo ou mais tarde, Torres haveria de se tornar um centro de artes. Sina de um local de atmosfera limpíssima, paisagens encantadoras e cores ideais. Nesses aspectos, corresponde ao que Provença é para França ou Andaluzia para a Espanha”.

Ruschel em seu livro Torres tem história se antecipou ao acontecimento e depois enalteceu a iniciativa.

Os comércios abriram suas portas para arte mostrando em suas vitrinas as obras de artistas locais e também de outras cidades. Danúbio Gonçalves, um dos maiores artistas plásticos do RS, fez parte deste evento assim como tantos outros que já eram artistas de renome regional ou estadual. Os saudosos Sobrera e Delville, Celina Ten Caten, Rosanea Martins e Maria Helena Gonçalves que ainda estão na ativa.

“O que ainda falta em Torres é um melhor e mais consciente tratamento artístico de seu urbanismo. Sendo, como é, simultaneamente um centro de artes e turismo, seria de se esperar que existissem mais praças agradáveis, jardins públicos, recantos românticos, ângulos arquitetônicos a admirar, com evocativas esculturas, coloflor e vegetação. É o que se assiste nas cidades que se estimam como turistas”.

A 1ª Arte em Torres aconteceu em 1993 e se seguiram mais duas até desaparecer sem motivo aparente. Foram três anos de intensa atividade nos ateliês e fora deles, ficando aquela certeza de que foi feito na hora certa e na medida exata.

Pelo que vemos as sugestões de Ruschel estão sendo seguidas com um atraso de quase vinte anos, quem sabe festejemos com uma nova edição da semana torrense da arte. Já está na hora de repetirmos a dose.

E a história se repetirá?

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