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ROTEIROS VIVOS

  • Foto do escritor: Roni Carlos Costa Dalpiaz
    Roni Carlos Costa Dalpiaz
  • 14 de jun.
  • 3 min de leitura
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Ao chegar em uma cidade turística, nosso primeiro impulso é buscar informações sobre o local e suas atrações. Onde fazemos isso? Geralmente, em um centro de "Informações Turísticas" ou em um ponto de atendimento ao visitante. Mas e quando esse lugar não é fácil de encontrar? Começamos a procurar por placas informativas nas ruas e calçadas. E se elas também não existirem? Aí a solução é perguntar para alguém que esteja por perto.

Você pode me dizer: "Está tudo no celular, é só pesquisar e você encontra o que quiser!" Sim, é verdade. No entanto, nada substitui o contato humano e a experiência visual ao vivo. É isso que torna o turismo real, não virtual. Se fosse apenas uma questão de olhar o celular ou outra mídia, poderíamos visitar qualquer lugar virtualmente, conhecendo cada atrativo sem sair de casa. Seria mais fácil e muito mais barato, mas perderíamos as fotos, as vivências, as experiências — a própria viagem.

É essa a essência que faz do turismo uma das atividades econômicas mais interessantes e lucrativas do mundo. E Torres, sem dúvida, faz parte desse universo de experiências autênticas.

O fato é que, atualmente, Torres está mal sinalizada do ponto de vista turístico. Não temos placas que indiquem com clareza nossos principais atrativos. Essa é exatamente uma das brechas para integrar a rica história da cidade com o turismo já enraizado, proporcionando uma experiência mais profunda e envolvente.

A integração da história com o turismo pode ser feita de forma bem direta. Já temos as histórias da cidade, os locais (alguns são pontos turísticos em si), edificações que ainda existem e outras que só guardam a memória de um lugar. As figuras ilustres de Torres estão vinculadas a esses locais e edificações. Assim, o principal trabalho seria criar placas ilustrativas e instalá-las nos pontos estratégicos, formando um roteiro autoguiado. Dessa forma, turistas, veranistas e até mesmo moradores poderiam se deslocar pelas ruas, seguindo os pontos de interesse.

O mapa que ilustra esta crônica (ou um mapa que poderia ser impresso ou digitalmente acessível) reproduz a antiga cidade de Torres da década de 1940, uma época de crescimento após o fechamento do Balneário Picoral. Nele, estão sinalizados alguns pontos turísticos, prédios históricos e lugares de interesse, formando roteiros que contam a história da cidade através deles.

Sugestão de Pontos para Sinalização:

  1. Casa N°1 - Primeira casa da cidade, residência do Alferes Manoel Ferreira Porto.

  2. Igreja Matriz São Domingos – A primeira igreja da cidade.

  3. Praça Cel. Severiano Rodrigues da Silva – A Praça da Matriz.

  4. Casa de Secos e Molhados de Balbino de Freitas.

  5. Antiga Prefeitura Municipal de Torres.

  6. Casa de Castriciano Pacheco de Freitas e o primeiro cartório da cidade.

  7. Casa Açoriana – Residência de Manoel de Matos, intendente.

  8. Clube Júlio de Castilhos – Onde funcionou o primeiro Correios.

  9. Prédio Art Déco – Conhecido como Prédio da Dona Bertha.

  10. Casa de Elói Krás Borges – Residência do Acendedor de Lampiões.

  11. Lagoa da Vila – A atual Lagoa do Violão.

  12. Sambaqui de Torres – Antigo Cemitério da Cal.

  13. Balneário Picoral – Atual Prédio Amigos da Praia de Torres – SAPT.

  14. Quadrado Picoral – Chalés à beira-mar.

  15. Solar Palmeiro.

  16. Abrigo da SAPT – Primeira sede da SAPT.

  17. Torreão Salva-vidas.

  18. Chalés da Prainha.

  19. Morro do Farol – Com o Farol de 1952 e o cemitério.

  20. Grupo Escolar Marcílio Dias.

Com esses pontos, é possível criar roteiros curtos e longos, adaptáveis a diferentes públicos e formatos, iniciando a partir de qualquer local. Por exemplo, em frente à Igreja São Domingos, uma placa poderia conter:

  • Informações básicas sobre a igreja.

  • Um QR Code para quem desejar aprofundar a leitura.

  • Indicação das outras placas conectadas, sugerindo trajetos curtos e longos.

As placas poderiam ser de três tipos, considerando custo e impacto:

  • Placas de indicação de rua: Simples e eficazes para direcionamento.

  • Placas indicativas e ilustrativas de PVC ou lona: Mais visuais, com fotos e textos descritivos (exemplo: imagem de placa PVC/lona aqui, se houvesse uma).

  • Tótens: Opção mais sofisticada, com maior destaque e durabilidade.

Em suma, esta é uma ideia de integração com grande potencial para Torres. Há diversas outras possibilidades que podem ser exploradas e implementadas na cidade. Esses exemplos demonstram que, com diferentes bases e custos operacionais, o sucesso da iniciativa depende principalmente da boa vontade, criatividade e empenho dos gestores de turismo. E o mais importante: não precisa ser necessariamente uma iniciativa pública. Associações de comércio e serviços, empresas privadas ou a própria comunidade podem e devem ser protagonistas nessa transformação.

 

 
 
 

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