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  • Foto do escritorRoni Carlos Costa Dalpiaz

50 ANOS DOS MOLHES DO MAMPITUBA


Parece que foi ontem, mas já se passaram 50 anos da inauguração de uma obra que as vezes passa despercebida pela maioria dos torrenses. É que para essa grande parte da população, os molhes sempre estiveram ali.

            Se observarmos na primeira foto, antes da construção dos molhes, dá para perceber que uma parte do território gaúcho passou a ser catarinense! É que o rio mudava de lugar ao sabor das marés, e terras gaúchas viravam catarinenses e vice-versa, dependendo do humor de suas águas e do mar. Para dar uma domada neste estado de coisas e facilitar a vida dos pescadores e, também, da economia dos dois estados, foi construído os molhes do rio Mampituba.

O início do processo de construção dos molhes, conforme o livro Memórias da SAPT, se deu com a entrega de um documento pelo então presidente da SAPT, Ivo Rizzo, ao Ministro de Transportes do governo Costa e Silva, Mário Andreazza, na ocasião em que veio à Torres inspecionar as obras de asfaltamento da BR 101 (em 1967). O tal documento era um memorial mostrando os grandes benefícios para Torres e São João do Sul (leia-se Passo de Torres, ainda não emancipado) da fixação da barra do rio, que oscilava muito durante o ano, dificultando enormemente a entrada de pequenos barcos costeiros, e consequentemente a pesca, principal atividade dos dois municípios (na época).

            Da data da entrega do memorial até a inauguração da obra, foram longos seis anos. A empresa contratada para a execução da obra foi a conhecida Construtora Sultepa. Segundo os dados técnicos apresentados pelo diretor geral, a construção dos molhes Norte e Sul, com respectivamente 700 e 800 metros, foram colocadas quase 200.000 toneladas de pedras, escavadas e removidas 75.000 toneladas de areia, implantadas 2.100 toneladas de concreto ciclópico e construídos caminhos de acesso com o fornecimento de 16.000 toneladas de saibro. O custo da obra orçou em torno de 5 milhões de cruzeiros.

            Lembra dos tetrápodes, aqueles blocos de cimentos de quatro pontas? Um deles não foi colocado no rio. Ele ficou ao lado da SAPT, no pátio interno, como relíquia e, também, para guardar a placa de inauguração da obra dos molhes. A placa estampa o dia 08 de setembro de 1973 como data da inauguração dos molhes.

           

Fontes: Pesquisa do amigo Geraldo Medeiros e ajuda de dois outros amigos, Rafael Frizzo e Jaime Batista.

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