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  • Foto do escritorRoni Carlos Costa Dalpiaz

COLUNAS ANTIGAS - NOMES DE RUAS E PRAÇAS

Atualizado: 16 de mai. de 2020

Coluna originalmente publicada no jornal A Folha no ano de 2012.

Rua de Cima e Rua de Baixo, simples e fácil assimilar, principalmente quando só existem as duas. Com o tempo Torres foi agregando outras ruas perpendiculares às duas iniciais. E, claro, alterando seus nomes em homenagens a diversas figuras públicas, felizmente muitas eram nativas da cidade.

“A centenária ‘rua de cima’ talvez fosse a segunda via pública a formar-se em São Domingos das Torres. Seu designativo já diz que é a mais elevada do lugar, pois está situada no extremo norte da torre do Norte. Presentemente, o histórico nome está perdido, pois a rua se modernizou para ser chamada ‘Rua José A. Picoral. A rua de baixo, este seria o primeiro caminho (depois rua) de Torres e ligava o incipiente presídio à praia, em direção à Itapeva, margeando antes a lagoa do violão. Hoje, desgraçadamente, chama-se ela ‘rua Júlio de Castilhos”.

Este texto retirado do livro de Guido Muri, Remembranças de Torres, destaca a aversão do autor a nomes de ruas e de cidades alterados do original para homenagear figurões que nada tenham com a comunidade. E como bem lembra Muri “...pretende resgatar um pouco da vivência da comunidade de São Domingos das Torres, ou pelo menos provocar a ira de muitos e o aplauso silencioso de poucos, silencioso apenas, porque no Brasil a cultura tem escasso veículos de expressão”.

A praça dos cavalos é uma das antigas, mas ainda lembrada pelos habitantes com mais de 35 anos, hoje conhecida como “As quatro praças” ou “Praça João Neves da Fontoura”. Muri também lembra o famoso nome.

“A ‘Praça dos cavalos’, de nome tão sugestivo, situa-se na lateral da rua Joaquim Nabuco, prendendo-se a origem do seu designativo à presença, ali, de cavalos encilhados, prontos para montar e passear desajeitadamente, na tentativa de imitar os antigos gaúchos: era a grande aventura do veranista, até muitas vezes perpetuada em foto, como um centauro guasca no seu ginete. Pois o sugestivo nome foi surripiado pela incultura; e o logradouro se chama ingloriamente Praça João Neves da Fontoura”.

Felizmente ao ler os diversos livros sobre Torres e sua história identifico, de forma inversa, nomes de ruas que passo diariamente, hoje sabendo quem estas pessoas foram e o que fizeram pela cidade. O que não posso dizer de muitas outras ruas e praças da cidade, que embora conhecendo “os figurões” sei que nada significaram para a cidade ou região.

As ruas Alferes Manuel Ferreira Porto, Coronel Pacheco, Elcio Lima, Moysés Camilo de Farias, Padre Lomônaco (não Lamônaco como está na placa), José Picoral, Sirilo Sartori, Alfiero Zanardi, entre outras, divergindo um pouco de Muri, considero que foram belas homenagens a cidadãos torrenses e pioneiros em seus ofícios.

E a história se repetirá?

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